terça-feira, 4 de maio de 2010

Líderes do PMDB se reúnem para falar de divisão política

A situação inusitada vivida pelo PMDB, com a divisão entre o deputado federal Henrique Alves e o senador Garibaldo Filho pela primeira vez na história do partido em âmbito estadual, fez com que os prefeitos do partido cobrassem dos representantes do partido uma posição ofical de como deveriam conduzir o processo pré-eleitoral nos municípios.

Os prefeitos aproveitaram para reclamar maior engajamento do PMDB, em âmbito nacional, sobre temas de interesse da municipalidade e apontar forte resistência em apoiar a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) para o Senado.

O assunto foi debatido ontem pela manhã em um encontro no Hotel Parque da Costeira, na Via Costeira. Dos 39 prefeitos do partido no RN, 33 participaram da reunião. Os que não puderam participar justificaram a ausência como, por exemplo, Marília Dias, prefeita de Macaíba, que havia marcado um café da manhã para o governador Iberê Ferreira e não pode comparecer ao encontro.

O senador Garibaldi Filho explicou a afinidade que tem com a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) e explicou o porquê de apoiá-la como pré-candidata à sucessão estadual. Por sua vez, o deputado federal Henrique Alves esclareceu os motivos que o fizeram apoiar a pré-candidatura do governador Iberê Ferreira (PSB). Apesar dos dois explicarem os motivos pessoais que os levaram a caminhar de lados opostos na campanha deste ano, alguns prefeitos também explicaram que será difícil explicar aos eleitores mais radicais.

De acordo com o deputado estadual Walter Alves (PMDB), os dois líderes explicaram as razões de estarem apoiando pré-candidatos diferente ao governo, mas reafirmaram que o empenho total do partido deverá ser na reeleição do senador Garibaldi. "Eles explicaram as posições pessoais de cada um, mas pediram apoio total à reeleição do senador", afirmou.

Sobre as particularidades dos municípios onde os ânimos dos eleitores fiéis se tornam mais acirrados à época da campanha, os líderes sugeriram aos prefeitos fazerem visitas separados um do outro para não piorar o constrangimento. Para o deputado Walter, "esses casos terão que ser avaliados durante o processo eleitoral um a um".

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