quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Governadora fará última leitura de mensagem na Assembléia Legislativa

Hoje a Assembleia Legislativa retomará os trabalhos. Na primeira sessão do ano, a governadora Wilma de Faria fará a última leitura anual como chefe do Executivo estadual. Além da expectativa sobre o tom do discurso administrativo, a mensagem deverá ter uma pauta política.

Essa será a primeira mensagem que a governadora fará na AL tendo a certeza de não possuir maioria na Casa.

Além do presidente Robinson Faria, o governo perdeu outros quatro deputados que migraram para oposição. Com isso a bancada governista conta hoje com 12 deputados de apoio.

Segundo assessores, o discurso da chefe do Executivo estadual passará longe de um tom melancólico. Wilma fará uma prestação de contas do seu mandato e apontará as metas já cumpridas.

Mas a expectativa está mesmo concentrada no tom político. Ano passado, quando ainda era aliada do deputado Robinson Faria, os ânimos se exaltaram quando a governadora criticou a demora no trâmite de alguns processos no Legislativo. Robinson Faria quebrou o protocolo e defendeu o trabalho da Casa.

Neste ano o “palco” em que a governadora lerá a mensagem será adverso, com o presidente do Legislativo declaradamente na oposição e já lançado candidato a vice-governador na chapa da senadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Primeiro teste

O primeiro teste para a nova formação da bancada governista será na votação dos 15 vetos ao projeto do Orçamento Geral do Estado. Entre eles, uma propositura de autoria do deputado estadual Paulo Davim (PV), que regulamenta a carreira dos servidores de urgência médica; e o que institui, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o auxílio-saúde e o auxílio-alimentação.

Entre as matérias vetadas, 12 são iniciativas da própria Assembleia Legislativa. Uma é de autoria do deputado Gilson Moura, também do PV, que dispunha sobre a instalação de banheiros químicos nas feiras livres do estado.

As razões apresentadas pelo governo para "brecar" o projeto revelam que a Constituição Federal atribui aos municípios o "mister de legislar, privativamente, sobre assuntos de interesse local".

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