quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Robinson nega que grupo foi criado para escantear Iberê

Ontem, entrevistado por uma emissora de rádio da capital, Robinson Faria afirmou que o surgimento do Pacto da Unidade Potiguar se deve à falta de respeito e de atenção por parte de membros do grupo liderado pela governadora Wilma de Faria (PSB).

Dizendo-se vítima de ataques que visam a provocar um distanciamento entre ele e a governadora, Robinson frisou que tudo o que fala se transforma em crise. Ele se referiu ao comentário feito de que o Governo estava beneficiando o vice-governador Iberê Ferreira de Sousa (PSB).

"Tudo o que eu falo se transforma em crise. Se dou um espirro, foi porque quis contaminar Wilma com a gripe suína. Meu desejo de caminhar com a governadora Wilma é o mesmo de 2006. A não ser que ela ache que não é importante", comentou.

Embora afirme que o UP não tem interesses definidos e tente negar que houve escanteio de Iberê e que se trata de um confronto direto com a governadora, Robinson não conseguiu mudar esse reflexo.

É que Wilma vem sinalizando que o nome do grupo para disputar o Governo do Estado é o de Iberê. Tanto que, antes do anúncio oficial do Pacto - formado pelo PMDB, PMN, PR e PP -, a governadora tentou emplacar o vice-governador no grupo. Não conseguiu.

Indiferente à crítica de Wilma, Robinson Faria afirma ainda que o Pacto da Unidade Potiguar tem o respaldo das bases dos partidos envolvidos.

"Conversei com todos e Henrique fez o mesmo. João Maia também. Foi com o aval de toda a nossa militância. Não foi uma decisão de cúpula. É uma decisão amadurecida com a retaguarda da nossa militância", disse, acrescentando que o interesse é o PUP e trabalhar, obviamente, para que o candidato saia do grupo.

"A UP nasceu para se formar um grupo forte. São quatro partidos grandes que agregam 80 prefeitos, 14 deputados estaduais, com tempo de TV extraordinário. Um grupo que será determinante para qualquer palanque em 2010", lembra Robinson, acrescentando que o grupo tem dois pré-lançados: ele e João Maia. "Não tenho essa ambição e na minha vida nada vai mudar se eu não for o candidato."

O presidente da AL nega que haja interesse individual e afirma ainda que o entendimento que se tem é que, se o grupo puder apresentar um candidato ao Governo, isso ocorrerá. Além disso, ele disse que, apesar de ter sido lançado na terça-feira, o PUP já chamou a atenção de outros grupos. "Já existem sinalizações de outros grupos que pretendem conversar. A prefeita Micarla de Sousa será procurada."

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