terça-feira, 28 de julho de 2009

Mistério circunda morte de agropecuarista em Riacho da Cruz

Persiste o mistério em torno do assassinato com características de execução ao fazendeiro e agropecuarista João Suassuna Barreto, 68 anos, que residia na localidade de Sítio São Pedro, na zona rural de Riacho da Cruz.

Ele foi morto com requintes de perversidade no início da noite de quarta-feira, 22, depois de ter sido sequestrado de dentro de sua casa, por três homens que chegaram ao local se identificando como policiais.

Eles inclusive usavam pares de algemas com as quais maniataram a vítima e o retiraram da casa na frente dos familiares. No caminho entre a residência do morto e zona urbana do município, o crime de delito foi cometido.

O caso está sendo investigo pelo bacharel Inácio Rodrigues de Lima Neto, titular da Quarta Delegacia Regional de Polícia Civil (4ª DRPC) com sede em Pau dos Ferros.

Em contato com a equipe de reportagem do jornal Gazeta do Oeste, na sexta-feira, 24, a autoridade policial disse: "Num primeiro momento nós vamos conversar com os familiares da vítima e isso não aconteceu ainda porque respeitamos os sentimentos deles. O sepultamento do morto aconteceu na quinta-feira e, portanto, haveremos de iniciar este trabalho ainda esta semana".

RELEMBRANDO:

Eram por volta das 18h de quarta-feira, 22, quando a casa de João Barreto Suassuna foi invadida pelo grupo armado que lá chegou em uma Ford Ranger modelo antigo e placas não identificadas.

Eles levaram a vítima e ainda uma camionete GM S10 de sua propriedade. Promoveram a execução e deixaram o corpo, crivado de balas, ao lado do carro no acostamento da estrada. A Polícia Militar foi acionada minutos depois da ocorrência, efetuou algumas diligências pela área, mas não conseguiu pistas a respeito dos matadores.

Na região, passadas as primeiras 72 horas que o crime aconteceu, persiste a denominada "lei do silêncio", onde até a própria polícia se omite de tecer comentários e isso não somente no Destacamento da Polícia Militar (DPM) deste município, mas nas regiões circunvizinhas.

No local do crime, por sua vez, onde o corpo de João Barreto estava de bruços, pelo menos oito perfurações de projéteis de armas de fogo foram encontrados nas costas e na cabeça. "Eles vieram determinados a cumprir uma ordem bem dada. É algo de matadores profissionais", disse uma fonte que preferiu o anonimato.

O inquérito policial que apura o crime misterioso tem 30 dias para ser concluído, podendo este prazo ser prorrogado por outro período. O bacharel Inácio Rodrigues, que assume interinamente o comando da Polícia Civil em Riacho da Cruz, deverá continuar à frente das investigações até o fim deste mês de julho.

No dia 1º de agosto, o bacharel Roberto Cláudio Rodrigues Moura, da Sétima Delegacia de Polícia Civil (7ª DRPC) de Patu, retornará às atividades após período de ferias e, provavelmente, é quem vai assumir as pesquisas com vistas a elucidar o caso.

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