sexta-feira, 25 de maio de 2007

Anjinha comenta assassinato de Beto

EDUARDO THOME
Gazeta do Oeste
A comerciante Maria Ângela Costa Silva, conhecida como ‘Anginha’, 28 anos, residente no sítio Grossos, localizado à margem esquerda da BR-405, na saída deste município com destino ao Estado da Paraíba, conversou com a equipe de reportagem da GAZETA DO OESTE a respeito de um crime violento ocorrido na madrugada de segunda-feira desta semana, quando o ajudante de açougueiro Roberto Rivelino Souza Pereira, 27 anos, foi assassinado de forma brutal pelo mototaxista Alcivan Bezerra Lopes, vulgo ‘Bambão’, 22. Ela é proprietária da casa de drinks onde a tragédia se desenvolveu.

Inicialmente, ‘Anginha’ disse que o crime aconteceu ainda de madrugada e num momento em que ela não se encontrava mais com o seu estabelecimento aberto. A vítima foi encontrada morta em um dos quartos do imóvel, mas estes cômodos se localizam numa área anexa a casa e as portas ficam entreabertas. Roberto Rivelino, que chegou no local por volta das 23h, tomou alguns goles de bebida e mostrava-se muito cansado. Segundo a testemunha, que já foi sua amante e cuida de dois filhos, resultado do relacionamento, ele estava sentado em um canto da sala e na outra extremidade se encontrava ‘Bambão’, com quem ela também já tinha namorado, mas atualmente tudo estava terminado.

Continuando com seu relato sobre o caso, ‘Anginha’ diz que o acusado ainda chegou a procurá-la para conversar, mas ela relutou em ficar com ele. “Não existia mais nada entre eu e ele. Inclusive eu já vivo com outra pessoa”, declara. Diante do fato de ter sido rejeitado, desapareceu e em seguida foi a vez de Roberto Rivelino também se preparar para ir embora. “Ele estava bastante embriagado”, disse.

Uma terceira testemunha de que ‘Anginha’ não serviu de pivô para o desencadeamento do caso contou a esta reportagem que antes do dia amanhecer, foi deixar uma das jovens que trabalham na casa de drinks em casa e percebeu uma pessoa deitada dentro de um matagal. Ele foi verificar de quem se tratava e deparou-se com ‘Bambão’. Com relação à vítima, em vez dela seguir para sua casa, ao perceber um dos quartos do cabaré aberto, entrou e adormeceu na cama. Minutos depois, retorna a figura do acusado e tenta arrombar a porta de um cômodo que no momento estava ocupado, mas não conseguiu. A partir daí, o desdobramento triste. Quando o dia amanheceu, o ajudante de açougueiro foi encontrado morto a pedradas. Ao seu lado estava uma faca que as testemunhas dizem acreditar tratar-se de seu instrumento de trabalho.

“Conversa é o que não falta de que foi eu quem provocou esta tragédia, mas isso não é verdade. Roberto tinha se tornado um grande amigo meu e era difícil ele visitar o bar. Quanto ao outro, era muito ciumento, me procurava, mas eu também não queria nada com ele”, declarou a mulher, que pensa em fechar o seu estabelecimento por medo da violência, mas ao mesmo tempo não sabe o que fazer para continuar dando de comer aos seus dois filhos.

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