quinta-feira, 24 de maio de 2007

Acusado de matar radialista é preso

EDUARDO THOME
Gazeta do Oeste

O desocupado Francisco das Chagas Ferreira de Almeida, vulgo ´Leiteiro´, residente na cidade de Alexandria, um dos principais acusados de envolvimento com a morte do radialista João Paulo dos Santos Neto, teve a sua prisão preventiva decretada na manhã de ontem pelo juiz Ricardo Henrique de Freitas. Para o delegado Inácio Rodrigues, a partir de agora as investigações seguem um novo rumo, que é a de definir os nomes dos mandantes e encontrar as armas do crime.

Detido de forma temporária acerca de uma semana, depois de apresentar-se expontaneamente, Francisco das Chagas foi reconhecido por uma das pessoas que se encontrava na companhia do radialista João Paulo, quando este foi brutalmente assassinado. O acusado acreditou que a exemplo de um outro suspeito que também esteve preso e por falta de provas foi solto, ele teria a mesma sorte. No entanto, os indícios acerca do seu envolvimento eram muito maiores.

Algumas das testemunhas ouvidas pelo sargento Sigmar, comandante do Destacamento da Policia Militar (DPM) de Rafael Fernandes, onde fica localizada a Fazenda Malhada Alta, palco do crime, disseram ter assistido quando dois homens se aproximaram de onde a vítima estava.
O piloto do veículo usando um capacete tipo ´cuia´e o outro com o seu levantado e mostrando todo o rosto. Indagou quem seria João Paulo e em seguida os disparos passaram a ser efetuados.

De acordo com o delegado Inácio Rodrigues, titular da Quarta Delegacia Regional de Polícia Civil (4ª DRPC) de Pau dos Ferros, o caso em si é característico de uma morte praticada mediante encomenda. “ Nós já conseguimos achar o fio da meada. Tínhamos uma satisfação a dar à sociedade e isso começa a acontecer. Não demorará muito tempo para que o resto da verdade seja devidamente esclarecido” , disse.

O corpo de João Paulo, ao ser necropsiado no Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) de Mossoró, apresentou perfurações de balas com calibres 32 e 32 alto ou o mesmo que o de pistola 765. O delegado disse acreditar que as armas sendo encontradas, praticamente o crime ficará elucidado, pois as mesmas serão levadas a exames de balísticas que serão comparados aos calibres dos projéteis.

Já com relação ao acusado, ele vai permanecer preso na Delegacia Regional de Polícia de Patu à disposição da Justiça. Usando do direito que lhe é assistido, ele negou qualquer envolvimento com o caso e não quis se expressar perante à equipe de reportagem – apenas para ser fotografado.

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