sábado, 15 de maio de 2010

Descaso no hospital de Pau dos Ferros é destaque em jornal de Mossoró

O jornalista César Santos dedicou editorial da sua coluna de hoje, no Jornal De Fato para reafirmar o descaso no hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade, em Pau dos Ferros.

Abaixo, a nota na íntegra:

Política x saúde
Os hospitais regionais têm, ou deveriam ter, papel importante e decisivo para a boa assistência à população alvo. Foram construídos com essa finalidade. Cada região tem a sua unidade de referência, o que, por consequência, daria para suprir as necessidades. No entanto, na prática a coisa não funciona. Falta comprometimento do poder público. Os hospitais regionais acabam refletindo o problema e o cidadão pagando o preço da fatura. Em Pau dos Ferros, o Hospital Dr. Cleodon Carlos de Andrade é o retrato do caos nas unidades de referência. Construído e instalado para atender à população de 36 municípios do Alto Oeste, de longe cumpre a sua missão. É o retrato do descaso. Quem precisa desse equipamento de saúde volta para casa sem atendimento, e com a denúncia pronta: não há médicos de plantão, não funcionam setores vitais de atendimento de emergência e faltam remédios. A coluna não está revelando nenhum fato novo. O descaso com o Cleodon Carlos se arrasta há anos, sem solução. Mas, por que não funciona? A resposta é tão simples quanto revoltante: a política partidária, rasteira, transformou o hospital em balcão eleitoral, em que grupos disputam cargos em troca de votos. Mais recentemente, via imprensa, foi revelada a queda-de-braço entre os ex-prefeitos Nilton Figueiredo (Pau dos Ferros) e Pio X (Luís Gomes) pela direção do hospital. Ambos queriam emplacar apadrinhados, com único objetivo de “gerar” emprego, sem a preocupação de que estariam colaborando para a destruição do equipamento de saúde pública e a desgraça do povo alto-oestano. Essa prática se repete em muitos outros hospitais regionais, em que o comando é exercido de acordo com os desejos e cores partidárias, em detrimento de profissionais capacitados e bem-intencionados. Até quando? Até o gestor público entender que setores vitais, como a saúde, devem ser conduzidos de forma séria, distante da política, para o bem do cidadão.

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