quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sesap distribuirá 400 mil preservativos no Carnaval

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP), através do Programa de DST/AIDS vai disponibilizar no Carnaval deste ano uma cota extra de 400 mil camisinhas, além de material educativo para todos os municípios do Rio Grande do Norte.

A Campanha de Prevenção à Aids e demais Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) durante o Carnaval, lançada pelo Ministério da Saúde terá como foco o público homossexual masculino e mulheres na faixa etária de 16 a 24 anos.

Os objetivos principais são o estímulo ao uso do preservativo e a realização do diagnóstico para HIV, principalmente por meio do teste rápido.

Segundo Sônia Cristina, coordenadora do Programa Estadual de DST/AIDS, "o teste dura apenas 30 minutos e vai ser realizado em municípios como Mossoró, Macaíba e Parnamirim, no caso deste último na praia de Pirangi".

Estes municípios já têm pessoal qualificado para realizar os testes, cabendo a Sesap o fornecimento do material necessário.

Todo o material educacional e os preservativos serão disponibilizados para as regionais de Saúde, municípios e organizações não governamentais parceiras da Sesap. Sônia Cristina ressalta que, "os gestores municipais devem ficar atentos para a necessidade de solicitar junto a regional de saúde a sua cota extra para o Carnaval 2010".

DADOS - Ao longo dos anos (83 a 2009), a Epidemia de Aids no Rio Grande do Norte se interiorizou estando hoje presente em 77,8% dos municípios. A epidemia teve uma tendência crescente até 2004 (1.679 casos), desse período até 2009 há uma queda discreta no número de casos notificados/ano, passando a 161 casos em 2005 a 124 casos em 2009, uma média de 162 casos/ano.

Embora com um total de casos maior no sexo masculino, as mulheres apresentaram uma curva ascendente passando de uma relação de 20/1, ou seja, 20 homens para 1 mulher em 1989, para 2/1 em 1999 e nos últimos nove anos (2000 a 2009) apresentou uma proporção de 1,8 casos de homens para 1 mulher.

Porém, foi observado um comportamento diferente da epidemia na faixa etária de mulheres e homens entre 15-19 anos, os dados mostram que há quase uma inversão na razão de sexo, chegando a 1/1, ou seja, 1 homem para 1 mulher, podendo demonstrar que há visivelmente uma tendência a: Feminização e Juvenização da epidemia no RN nessa faixa etária.

Em relação à faixa etária, se identifica uma tendência crescente nos adolescentes, pois em 16 anos de epidemia no RN (1983 a 1999) observamos uma média de 30 casos/ano.

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