quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Exoneração de Jader Torres pode virar CPI na Assembleia Legislativa

A demissão do engenheiro Jader Torres - exonerado do cargo de diretor presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), no último sábado -, foi o centro das discussões na sessão de ontem da Assembleia Legislativa.

A oposição fez duras críticas ao gesto da governadora Wilma de Faria (PSB), que na ocasião só estava representada pela deputada Marcia Maia (PSB).

A parlamentar, por sua vez, defendeu a atitude da gestora estadual dizendo que foi natural. "As pessoas não podem ficar esperneando por causa disso", afirmou.

Bem ao seu estilo, o deputado Getúlio Rego (DEM) dedicou todos os minutos do seu pronunciamento para atacar a governadora.

"Ela está se caracterizando como alguém que despreza os aliados. Essa decisão foi deselegante, pois demitiu um profissional sério através de mensagem de texto", disse Getúlio.

Compartilhando a mesma opinião, o deputado José Dias (PMDB) disse que a governadora foi desleal.

"Jader é um dos poucos auxiliares que atendia aos pedidos de informação desta Casa. Ele merecia um reparo moral, pois foi chamado de incompetente, adjetivo que deveria ser usado para este governo", argumentou.

O deputado peemedebista ainda disse que o crime de Jader Torres foi "não ser competente da maneira perigosa que o governo queria".

"Ele não se submeteu à manipulação da governadora, que queria fazer uma arrumação no processo licitatório para obras nas estradas, onde quem assina é o DER, mas quem executa é a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos", declarou.

Diante das acusações, Getúlio cogitou a possibilidade de abrir uma CPI para investigar o caso. "Isso é no mínimo estranho",disse.

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