quarta-feira, 4 de junho de 2008

Garibaldi defende Dilma de acusações sobre venda da Varig

O presidente do Senado, Garbaldi Alves Filho, saiu em defesa da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, nesta quarta-feira.

Ela foi acusada pela ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, de ter interferido nas negociações para a venda da Varig e VarigLog.

"Eu não acredito que a ministra fosse capaz disso, não acredito em denúncias que não sejam fundamentadas, tem que acusar, mas mostrar realmente as provas", disse.

O presidente do Senado deu a entender que, por ser uma candidata potencial do governo para 2010, Dilma acaba sendo foco de maior atenção.

"A ministra é visada, muito emblemática, pode ser alvo de acusações infundadas", analisou.

Garibaldi descartou a necessidade de a ministra ter que comparecer a alguma comissão do Senado para dar explicações sobre o caso.

"É uma palavra contra a outra, prevalece a da ministra. Não acho necessário nesse primeiro momento que ela seja convocada", disse.

Ele também rechaçou a idéia de se criar uma CPI para apurar a denúncia.

"Não acredito que seja caso de CPI. Tem que se ter cuidado porque tudo aqui está virando caso de CPI, estamos vendo CPIs frustradas terminando de maneira melancólica", concluiu.

Entenda o caso - A informação de que a Casa Civil teria interferido para favorecer a venda da VarigLog e da Varig ao fundo americano Matlin Pattersonum e seus sócios brasileiros Marco Antônio Audi, Marcos Haftel e Luiz Gallo foi passada por Denise Abreu, ex-diretora da Anac, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Ela disse ter sido pressionada pela ministra Dilma Rousseff e pela secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a tomar decisões favoráveis à venda das companhias.

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