Colunista explica momento da política estadual

O colunista Neto Queiroz, de quem sou fã de carteirinha, fez uma excelente análise com relação ao atual momento vivido pelos caciques da política potiguar. Depois de ler e concordar com tudo que ele escreveu, resolvi postar aqui e dividir com os meus leitores. Para os que gostam e conversam sobre política, eis as notinhas. Vejam isso e comentem aqui. Dê a sua opinião.

O senador José Agripino estava ontem à tarde em busca de socorro junto a amigos comuns para esclarecer a alguns jornalistas as declarações que havia dado sobre o futuro da aliança entre DEM e PMDB. Segundo o que foi escrito. Agripino estaria tentando tirar Rosalba Ciarlini do páreo em 2010, tentando fazê-la candidata a prefeita de Natal no ano que vem. E estaria tentando se aproveitar de uma aliança com o PSB para fazer dobradinha com Wilma.

Com esclarecimento ou sem esclarecimento, o fato concreto é que qualquer analista político que tenha uma visão real do que pode ocorrer na eleição estadual de 2010, sabe que o principal entrave para José Agripino buscar a reeleição chama-se Rosalba Ciarlini. E o principal obstáculo para Rosalba disputar o Governo em 2010 chama-se José Agripino.

Calma, que vou explicar. Em 2010 teremos quatro nomes fortes para três vagas ( duas no Senado e uma para Governo). Os nomes fortes são de Agripino, Wilma, Garibaldi e Rosalba. Um deles vai ter que sobrar. Não é segredo que Garibaldi e Wilma são disparados os favoritos para as duas vagas no Senado. Assim como também não é segredo que Rosalba é um nome natural para disputar o Governo e com um certo favoritismo.

Quem sobra? Agripino. Para facilitar sua vida, o senador do DEM precisa convencer Rosalba a não disputar, deixando o caminho livre para os outros três. Ficariam apenas três nomes para três vagas, cabendo a Agripino ou Garibaldi disputar o governo dentro de um acórdão. Por isso, justifica-se a frase que Rosalba é hoje o principal obstáculo para a vida de Agripino.

Por outro lado, Agripino também é o principal entrave nos projetos de Rosalba. Ele é o elo mais fraco entre os quatro principais nomes projetados para 2010. Se não existisse a "pedra Agripino" no caminho, o espaço estaria aberto para a chapa: Rosalba para o Governo e Garibaldi e Wilma para o Senado.

Caso obedeçamos à lógica na política, os interesses conflitantes entre Rosalba e Agripino indicam para um futuro rompimento. E justamente quando Agripino declara que Rosalba seria um bom nome para a Prefeitura de Natal, está deflagrado o processo do "alguém que quer se livrar de alguém".